ORAR COM MENTE DESPIDA

ORAR COM MENTE DESPIDA

 

Veio a culpa em mil ilações,

Desde que tornei-me um calo,

Mas falar só me trouxe ilusão,

Se o que dói é real no que falo.

 

Uns só querem o nosso apoio,

Outros rezam por nossa ruína,

É por isso que oro no arroio,

Com a fé que a luz determina.

 

Só perante a Deus do Universo,

Celebrado por luz e estrelas,

Eu me ponho em cada verso,

Conjugado no tempo de vê-las.

 

Pois só ele conhece meu colo,

E tem o raio xis do que falo,

Mas se algo for só protocolo,

Nada diz, e por isso me calo.

 

O que todos precisam entender,

É que as leis têm idade humana,

Desde quando se quer escrever,

Mas sem conectar ao nirvana.

 

Na tábua houve dez sugestões,

Onde esteve encravada a vontade,

Mas as castas de cada nação,

Nunca vivem a mesma verdade.

 

É preciso se fazer entender,

Pois amar é a necessidade,

Que depõe os reis do poder,

Sem usar cinto e a maldade.

 

Até gente vai mamar na loba,

Se a mente for despida do mal,

E a voz se sublimar pela boca,

A serpente não terá capital.

 

Não seremos o tal "boca torta",

Nem iremos fuzilar "o bandido",

Só querendo a quem se importa,

Onde a porta se abrirá ao amigo.