A Pandemia Devia Ser
A Pandemia devia ser um toque de recolher
Um tempo para se olhar no espelho e ver
O que os olhos têm para nos dizer
São as janelas da alma, do corpo e da mente
Soam alarmes  quando um dos três adoecer
Olhe bem lá no fundo, pergunte-lhe se isto é
O fim do mundo                                               
A  humanidade concentrada em escolher viver
Ou morrer
A vida se recolheu para defender o que é seu
O que é a vida senão um corpo a pedir cuidados,
Uma mente a vigiar e orar para não adoecer
Uma alma ajoelhada  no altar daquela igreja a
Deus consagrada
Cada um tem dentro de si a igreja que mais lhe
Convém: a igreja que Cristo pregava quando dizia
“ Eu e o Pai Somos UM”,   ao nos chamar de irmão
Pregava o maior sermão: somos filhos da Mãe Terra
Fertilizada pela luz do sol e por outra luz de um Sol
Maior. A luz que vos anima , a vossa essência divina
A Mãe Terra se esgota na ânsia de nos alimentar,
Regenerar, livrar de todo o mal. Volta-se para Deus
Senhor! Vem-me ajudar a cuidar dos filhos Teus.
                                             
                                       Lita Moniz