SEM INÍCIO E FIM
SEM INÍCIO E FIM
Falamos demais sobre nossas crendices,
Lutamos sem paz por querer ser maior,
Vivemos dizendo só meras tolices,
E vendo morrer todo nosso melhor.
Não temos mais tempo para mesmices,
Se o tempo se foi sem se ver o início,
Nem vejo o fim pois tu nunca me disses,
E o vento não deixa entender meu ofício.
Mas se não há início,
Como será meu fim?
Pois reclamo por vício,
Sendo um tolo assim!
E esse tempo absorto,
A vagar nos meus pulsos,
Vem rasgar o meu rosto,
Replicado em impulsos.
Um pulsar cria o mundo,
Forja os céus e os astros,
E um refluxo profundo,
Faz cometas ter rastros.
É por isso que o tempo,
Me faz ferver um chá,
Pois a voz do vento,
Me faz crer no orixá.
Se a África me ensina,
Os princípios que há,
O ancestral vaticina,
Como tudo o será.
É assim que o tempo é Tempo,
Pois há dança ligando extremos,
Pelo rastro além do meu vento,
Que balança e nem percebemos.
SEM INÍCIO E FIM
Falamos demais sobre nossas crendices,
Lutamos sem paz por querer ser maior,
Vivemos dizendo só meras tolices,
E vendo morrer todo nosso melhor.
Não temos mais tempo para mesmices,
Se o tempo se foi sem se ver o início,
Nem vejo o fim pois tu nunca me disses,
E o vento não deixa entender meu ofício.
Mas se não há início,
Como será meu fim?
Pois reclamo por vício,
Sendo um tolo assim!
E esse tempo absorto,
A vagar nos meus pulsos,
Vem rasgar o meu rosto,
Replicado em impulsos.
Um pulsar cria o mundo,
Forja os céus e os astros,
E um refluxo profundo,
Faz cometas ter rastros.
É por isso que o tempo,
Me faz ferver um chá,
Pois a voz do vento,
Me faz crer no orixá.
Se a África me ensina,
Os princípios que há,
O ancestral vaticina,
Como tudo o será.
É assim que o tempo é Tempo,
Pois há dança ligando extremos,
Pelo rastro além do meu vento,
Que balança e nem percebemos.