SACRÁRIO E PATUÁ

SACRÁRIO E PATUÁ

Era um guerreiro com seu patuá,
Enquanto a lua brilhava sobre o mar,
Era um ferreiro no seu delirar,
Enquanto a brasa lançava fumaça no ar.

E aquele exército está na espera,
No limite do medo de amar,
Em todo mistério que ora impera,
No limiar de uma era a sangrar.

Mas a lança que penetra e fere,
Ainda continua sendo a fera,
Como um escorpião ante a febre,
Que não traz cura, mas sim desespera.

Atormentando até mesmo a donzela,
Que lava as roupas naquele riacho,
Com a água em sangue após a procela,
Turvando a vista da vida com um facho.

E os cravos fincaram a marca na cruz,
Nos mostrando o diacho que foi o pecado,
Mesmo crucificado, Jeshua nos conduz,
Junto com as relíquias de todo passado.

Onde esse sacrário é também patuá,
Do que nós perdemos na marcha,
Lembrando o todo que vamos guardar,
No desaguar de um rio que abraça.

📿🙏✝️

Publicada no Facebook em 19/01/2020