OS MORTOS DA CASA 317

As paredes falam por amor

Aos que partiram

Deixando-me órfão

E. assim. vai-se o tempo...

Ser órfão de sombras

Não assusta-me em prantos

Deixa-me mais livre

Se não fossem os prantos...

Nesta vidas em solidão

Não estou no chão

Onde se deitam no frio

Como um ventre de outros...

O pensar do órfão

Pelos vales, languidas!

São chamas vividas

Em felicidade, plena!

Um baile de máscaras...

Nas sombras

Perco-me em luto

E destemido sou

O que rompe o medo

Imbuído de dor

No grito de felicidade.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 08/10/2019
Código do texto: T6764350
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