OS MORTOS DA CASA 317
As paredes falam por amor
Aos que partiram
Deixando-me órfão
E. assim. vai-se o tempo...
Ser órfão de sombras
Não assusta-me em prantos
Deixa-me mais livre
Se não fossem os prantos...
Nesta vidas em solidão
Não estou no chão
Onde se deitam no frio
Como um ventre de outros...
O pensar do órfão
Pelos vales, languidas!
São chamas vividas
Em felicidade, plena!
Um baile de máscaras...
Nas sombras
Perco-me em luto
E destemido sou
O que rompe o medo
Imbuído de dor
No grito de felicidade.