EU CANTO OS ORIXÁS
O mar se abriu em festa para minha mãe Iemanjá;
Tornei-me bondoso e vaidosa para eu ajudar;
Nas águas doces dos rios eu fui nadar com Oxum;
Para sentir das águas bençãos de sabedoria e prudência;
Para eu instruir em verdade e luz;
Pelos espelhos da vida que nos conduz;
Cacei nas florestas com Oxóssi para me alimentar;
Nos pântanos da vida dividida eu vi Nanã passar;
Trazendo sabedoria na mensagem poética;
Que fez o meu sol raiar num dia de calmaria;
Pela espada de Xangô eu senti a justiça;
Nos raios de Iansã pude ter a certeza;
De tudo que era meu estava firmada;
Com um grito de guerreiro Ogum me deu virtudes;
Para eu ser um ser humano na terra por inteiro;
E deu-me a percepção de eu ser sempre o mesmo;
Minhas dores e sofrimento Foram levados por Omulú;
Agradeci ao mensageiro Exú pelas causas resolvidas;
Neste mundo de tempestades, raios e trovões;
Senti a presença vivida de Oxumaré;
E as ervas coloridas das florestas;
Recebi ensinamentos para aplicar;
Com firmeza de proposito de um homem;
Como aprendi com os ensinos de Ossaim;
Porque eu sou como Oxumaré;
Vento perpassando e abençoado em festa;
Pelos Orixás que me fortalecem;
Na virtude nobre de ser filho;
De todos Orixás em branco e paz;
Do meu pai Oxalá...