A MULHER QUE PARTIU COM LIVROS

Sozinha clamava em oração;

No silêncio de su'alma;

Para ninguém escultar;

E nem fazer zombamento por ingratidão;

Santas palavras proferidas;

Dos lábios de quem na vida;

Vivia apenas de oração;

Morava no morro não perto do céu;

Vivia a buscar sabedoria e gratidão;

Na prudência das palavras;

Que o evangelho ensinava;

Com exatidão, nos treze passos do amor.

Amava ler, pintar, esculpir, bailar...

Era incompreendida por muitos;

Possuía na sabedoria, o firmamento dos céus...

Às vezes, orgulhosa, tudo bem, não importa!

Apenas caminhava justa em mácula;

Porque era precisa na exatidão;

Despertava inveja, não importava-se, era concisa...

Mostrou-se aurora até o desencarnar;

Bela como o tempo, adormeceu na matéria;

deixou ensinamentos para lermos;

E para quem absorveu o ensinar;

Com as pedras do caminhar.

Nunca hão de tropeçar.

Hoje em essência;

Encontra-se no universo;

Iluminando a vida;

Do único que soube amar;

Palavras que tornam-a poema;

Poesia de luar...

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 12/07/2019
Reeditado em 21/08/2019
Código do texto: T6694032
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