O vale dos álamos

O ambiente morto ao ruído das ondas...

Nas marinhas, inunda a atmosfera de brutalidade,

mal o manto celeste luta por ainda fazer-se luz.

Sem merecer esta paz sepulcra dos enfermos,

divago nos Nordestes sopranos que emitem

a vagueza dos desertos em presença duvidosa…

Só cavalgadas quebram os ramos das bocas murmurantes

entre os gemidos de uma canção praieira.

Por aquelas dunas desbravadas,

cantam hinos da vitória, nos ninhos encantados dos matagais,

os poetas de uma nação submersa, festejando o passado

[ao som de madrigais.

Numa aclamação mútua, as palmeiras ensaiam as belezas

em conjunto com os álamos…Num lugar

onde toda a natureza é oficina de prazeres.

Paulo Caldas Neto
Enviado por Paulo Caldas Neto em 14/07/2013
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