UM ANJO PELA METADE

Vejo um anjo pela metade.

Seu rosto despido,

Seu olhar para nada,

E uma expressão de pedra.

Suas costas estão em transe de existência:

Não foram formadas.

Sob a exaustão da terra, na inadequação do viver,

Ali meu olhar reflete a brancura do ensinamento.

Um anjo pela metade, ou o bronze no derretimento dos Andes.

Ande, Anjo, e seja.

Se fores Anjo, voe.

Se fores vento, nada.

Wilder F Santana
Enviado por Wilder F Santana em 13/01/2012
Código do texto: T3437946
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