UM ANJO PELA METADE
Vejo um anjo pela metade.
Seu rosto despido,
Seu olhar para nada,
E uma expressão de pedra.
Suas costas estão em transe de existência:
Não foram formadas.
Sob a exaustão da terra, na inadequação do viver,
Ali meu olhar reflete a brancura do ensinamento.
Um anjo pela metade, ou o bronze no derretimento dos Andes.
Ande, Anjo, e seja.
Se fores Anjo, voe.
Se fores vento, nada.