Uma Nova Oração
Pai de vocês que está no céu,
Provalmente em forma de nuvem,
Ou seria pássaro ao léu,
Ou algum elemento dos que fluem.
Devemos chamar esse "Pai" de Sol,
Feito um monarca um dia se auto intitulou,
Os astros dominando o imaginário em prol,
Do domínio dos corpos que a religião usurpou.
Santificaram o seu nome,
Para imaginar que a eles viria seu reino,
Apesar de estar tão longe,
Inalcançável por ser inexistente aos terrenos.
Pois não existe outra morada conforme pronunciaram,
Eis aqui sob nossos pés a única, no máximo sobre as cabeças,
Mas num plano espacial onde planetas se prostraram,
Nada de e salvações ou condenações, que não passam de besteiras.
Jamais seja feita sua vontade, pois se não existe, que vontade teria?
Nós sim, homens que caminham sobre a Terra, podemos escolher,
E virar as costas a esse vil divino que é controlado por uma minoria,
Deus ciumento judeu que deve ser extirpado até desaparecer.
O pão nosso de cada dia dai-nos hoje o alimento pelo trabalho,
Pois produzimos e necessitamos conservar o organismo,
E mesmo que um dia o sujeito queira morrer por seu próprio ato,
Será sua livre escolha quem determinará o seu destino.
Nós não perdoamos sua ofença de tentar se fazer existir,
Sendo que isso representa a deterioração de nosso potencial,
Além da subserviência a outros que querem nos oprimir,
Não seremos rebanho de uma divindade tão arrogante e ficcional.
Se resolvermos perdoar quem nos tenha ofendido,
Será por julgar seu merecimento por isso e não por passividade,
Quem vira a outra face é covarde e diminuído,
Antes virar a outra mão e tomar para si o direito de responsabilidade.
Nós caíremos em quantas tentações desejarmos,
Sendo que o pecado inexiste,
Vamos aproveitar sem culpa e ressentimento amargo,
Nosso orgulho é o que resiste.
Não livrai-nos do mal e nem exalte o bem,
Estamos além de um e de outro,
Antes matarmos essa moral que nos torna aquém,
Seremos intensos em exaltar o corpo.
Quanto ao Amém, Amon, Amenth, não passam de símbolos,
Antes diga seu próprio nome e dos que tem afeto,
Pra que adorar figuras distantes com caráter pueril e mítico,
Se pode cobrir de amor os mais próximos que são o que há de certo?