PARAÍSO, A QUE PREÇO

De cruzes o homem adorna

sua presença,

unge seu corpo na magia das águas,

não há limite para a fé agregada,

só o retorno traz felicidade aos fiéis.

A humildade, quando verdadeira,

fá-los singrar,

pelo cosmos e se reitera a força,

com que se entrega a palavra e se

escuta, etérea, a voz de Deus.

A igreja é o seu porto de passagem,

lá deixam

suas sinas e sortes alheias, fervoroso

silêncio, chamando a si o omnipotente,

no balaústre das figuras pintadas.

Não sendo crente, emociona-me a

fidelidade,

com quanto o fundamentalismo não

tenha origem na cristandade, nem

em outras religiões, aqui debruadas.

Se assim não é vil se torna a crença,

aparecem

as beatas e as flores armadilhadas,

no corpo de jovens, entregando-se

ao derradeiro sinal, mistificando o paraíso.

Jorge Humberto

07/11/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 07/11/2010
Código do texto: T2602083
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