CARA A CARA.
Olhe pra você: O que vê?
Algo de revoltante? De magnífico?
Uma caricatura humana? Destroços de sonhos? Uma incógnita...?
Olhe bem pra você:
Não se assuste se vir uma pessoa perdida num vazio
Cheio de frustrações e decepções;
Uma criatura presa pelo egoísmo, racismo e individualismo;
Dominada por leis, regras e regulamentos;
O que vê agora? Um fenômeno? Um Deus mascarado?
Olhe, olhe direito:
Quiçá veja um fantoche;
Um jogo enigmático;
Um ser resistente como uma bola de aço
E frágil como uma bolha de sabão;
Um mestre sem escrúpulos;
Um gênio sem talento;
Um sujo puritano!
Olha mais, vê o quê?
Um mundo fantasmagórico cheio de ilusões e bijuterias?
Talvez um arquivo de sonhos que jamais realizarão;
Continue olhando:
Quem sabe em sua inocência cega
Consiga enxergar em meios às trevas,
O caminho da paz
E em meios à escuridão,
A luz da esperança.
Agora olhe pra você:
O que vê?