SEGREDOS
Longe, afora alma
Abraço mundos
De divina calma.
Caminhos infindos.
De ideais lindos.
De quem, por mais saber clama.
Mas o mundo, não é, só luz que inflama
A alma dos avindos.
Há também locais hediondos.
Que, à existência nos chama
E exacerba medos profundos.
Oh assim voar!
Sem peso. Sem solidão.
É como ao mundo doar
A celeste imensidão.
É saber perdoar
Tudo o que foi ingratidão.
É viver sem magoar
Seguindo com rectidão
Nosso humano toar.
Celeste de tantos segredos.
Sois de infinitos degredos.
E de piedosos credos.
Na virtuosidade de vossos mereceres.
Que, os mundos de mais saberes
Purifiquem universais éteres.
Ao universal encontro de todos os seres.
Eduardo Dinis Henriques