As Letras e Eu
As Letras e Eu...
Era a Única paixão e sedução que eu tinha ai
Era Deus com lápis e papel nas mãos...
Seduzia jovens, através das danças de lápis e papeis;
Mostrava aos grandes da cultura
A habilidade que me era pura,
Entregara-me aos prazeres do mundo e entre contos,
Despertei libidos, fantasias, romances e poesias,
E a muitas donzelas conquistei, perdi a conta de quantas loucuras;
Eu fui pivô, protagonista e autor.
Vivi pro mundo.
Eterno sonhador.
E a cada oportunidade que me dava.
E a habilidade se me apresentava.
Era mais forte o comprometimento.
E eu de novo como entregue ao vento,
Lápis, papel, habilidade, sensibilidade;
E a ilusão dissociada de um sentimento
Estava eu, novamente entregue as seduções;
E aos arrastamentos.
E as donzelas, ingênuas, carentes,
Eram por este degustadas,
Uma a uma, depois descartadas,
E a minha sede nunca saciada.
Fui me cansando nas idas e vindas,
Fiquei por muito tempo retido na escuridão
E Hoje me trouxeram diante de uma donzela
Não pra seduzir, que saudades!
Se é que há Deus a ele agradeço;
Depois de muito tempo vagando na escuridão.
Alguém me trouxe Luz, caneta, papel e uma mão
E eu que egoisticamente a usei até então
Para satisfazer a minha paixão
À vós que tendes o dom da escrita, vos peço em tom de oração
A utilizeis sempre muito bem, para serem poupados das trevas da
Escuridão.
E ao irmão que me conduziu a esta donzela a minha eterna gratidão.
Eu-Amante das letras
(Mestra dos Magos)