O GRANDE ERRO

Confesso que às vezes me sinto eufórico com as pessoas,

de seus gestos altruístas para com os demais.

É como se a natureza reconhecesse e cantasse loas,

às gentes, às plantas e aos inúmeros animais.

Para logo depois um constrangimento atingir-me,

com a mesquinhez e a falta de humildade do Homem.

Dente por dente, olho por olho… a quem devo fingir-me,

se até os livros sagrados nos enganam e consomem.

Sagrado é o homem e a mulher e as bem ditas crianças,

tudo o mais é propaganda escrita consoante o imaginário.

O que nós precisamos é de firmar fortes alianças,

que – além de crenças fanáticas – não vêm com o sudário.

Três países reivindicam, em sua posse a lança sagrada,

convenhamos que serve para entreter os turistas.

É como a arca sagrada, de há muito propagada,

aqui e ali protegida dos Fariseus, sobrevivendo às conquistas.

Os manuscritos do mar morto, são um bom exemplo,

de homens fiéis a Deus, preservando lúdica herança.

É como entrar num museu, que mais se parece com um templo,

assim tu pagues para te comparares à semelhança.

Não querendo faltar ao respeito a ninguém,

dizer que tudo isto é uma farsa, episódio irrisório.

Que as igrejas podres de ricas, sabem-no muito bem,

por isso, desde já, dispenso padres, no meu velório.

E assim findo o meu texto literário, quem sabe controverso,

mas de uma coisa estou bem ciente, apenas digo o que penso.

E no meu ideal, apogeu de meu dito verso,

apenas os amigos de coração, pais e amada, não dispenso.

Jorge Humberto

23/06/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 24/06/2008
Código do texto: T1048986
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