ALMA SOTURNA

Solta-me as algemas da alma

Deixa-me ser um bálsamo

Um aroma inundado

Quiçá

Horas de água correndo

Brancos lenços de aceno

Noite que espreita

Quiçá

Bruma em tarde calma

Contínuo perpetuar

No âmago do cristal

Quiçá

De vulto em vulto

Voar o dia assolando

Nas penumbras e sombras

Assim

Dividirei errante

E errada

O que me resta da alma soturna