NAVEGO A NOITE...

Navego em silêncios,

na calmaria de mares que acolhem

Onde se desprendem sonhos

em vôos etéreos de liberdade

Navego em solidão,

ainda que labirintos confundam-me

Navego em desejos de versos despidos,

na alva tez que cobre e descobre-me

Navego em segredos

que desvendam o desconhecido

A alma dos abismos, onde anoiteço

com olhos embalados pelo mistério

Navego nas longas horas

dos momentos de ausência

Onde o corpo se veste de barco

À espera de um cais