Quando vieres
Quando vieres, venha na bruma
Da noite. Molhada da espuma
Dos mares. Alegremente sorrindo,
Venha. Cantando para ouvir-te vindo.
Venha vestida em seu vestido
Escarlate. Que não seja temido
O sentimento de enfim deixar
Este plano. Desta terra me resgatar.
Venha com uma solitária rosa
Vermelha. Para que eu possa
Enfim, ter um fim e descansar.
E poder meus ancestrais abraçar.
Venha com seu batom de sangue.
Beija-me suavemente a boca. Banque
A boazinha com este pobre amante
Das chuvas e arrebata-me num só lance.
Gabriel Alves