DEIXE-ME
Deixem-me amargar minha tristeza
Deixem-me curtir a minha dor
Não existe remédio, com certeza,
Que mitigue o sofrimento por amor.
Deixem-me vagar pela noite, insone,
Perdido, sem rumo e sem destino,
Devorado pela voragem que consome
O que resta deste amor em desatino.
Não me culpem porque sofro tanto assim
Se não posso me livrar deste martírio
Se o amor me escravizou e fez de mim
Um fantoche a viver neste delírio.
Deixem-me pagar pelo meu erro
Por não valorizar a quem tanto amava
Peço aos céus pra me livrar deste desterro
E me dê a paz, que eu tanto almejava.
Ilha Solteira/SP – 29/06/2022 – 16h07