Pranto de uma alma

Triste os pés do caminhante

que pisa em pedras e

espinhos pelo caminho

que ferem não apenas sua pele

mas principalmente sua alma.

Ah...como lateja as feridas que

ficam abertas...

Lágrimas caem.

Perguntas ficam frementes.

Nada vem dar uma

compreensão exata do que

realmente está acontecendo.

Erros?Acertos?Nada se define.

Tudo não passa de uma vida

sem primavera ou verão.

O inverno se instalou...

Redemoinhos me assustam.

Vejo sangrar o meu eu.

Minha pele arrepia.

O medo me invade.

Até o soprar do vento causa

alarde.

Ninguém consegue me ver.

Sou sombra tênue que apenas

passa pela vida.

Sou pequena e falha.

Vivo por viver.

Sou o perfil mais nítido do

sofrer.

Perguntas novamente me

assolam.

Todavia a falta de respostas é

bem pior.

E que aqui fique registrado

para sempre:

Aqui jaz uma mulher que

somente os versos

conseguiram acalentar e

decifrar.

Giovânia Correia
Enviado por Giovânia Correia em 16/06/2022
Reeditado em 16/06/2022
Código do texto: T7538670
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.