Pranto de uma alma
Triste os pés do caminhante
que pisa em pedras e
espinhos pelo caminho
que ferem não apenas sua pele
mas principalmente sua alma.
Ah...como lateja as feridas que
ficam abertas...
Lágrimas caem.
Perguntas ficam frementes.
Nada vem dar uma
compreensão exata do que
realmente está acontecendo.
Erros?Acertos?Nada se define.
Tudo não passa de uma vida
sem primavera ou verão.
O inverno se instalou...
Redemoinhos me assustam.
Vejo sangrar o meu eu.
Minha pele arrepia.
O medo me invade.
Até o soprar do vento causa
alarde.
Ninguém consegue me ver.
Sou sombra tênue que apenas
passa pela vida.
Sou pequena e falha.
Vivo por viver.
Sou o perfil mais nítido do
sofrer.
Perguntas novamente me
assolam.
Todavia a falta de respostas é
bem pior.
E que aqui fique registrado
para sempre:
Aqui jaz uma mulher que
somente os versos
conseguiram acalentar e
decifrar.