Liláceas de pétalas Murchas
Despertado por meus pecados
Esse recanto do meu coração
Que parece inalcançado pela graça
Território da depravação
Que permanece e por dias declara
Guerra contra todas outras leis
Os soldados do lado escuro da minha alma
Travam as guerras turvando os céus
Para que eu não olhe para serpente que brilha
E assim minha natureza permaneça no trono
Percorro a jornada mental de todos meus erros
E cada um deles é degrau que me leva
Cada vez mais fundo no poço da perdição
Eu quero ir embora
Eu quero fugir
Mas das estrelas
Ao mais profundo abismo
Não consigo escapar do juízo
Embriagado no êxtase dos meus pecados
Choro acorrentado ao um senhor maldoso
Que me arrasta para a dura condenação
Tudo que me cerca, as coisas criadas
Apontam a infame pessoa que sou
Nasci perdido e continuo essa jornada
Pelo vale da sombra da morte
Junto a uma multidão de andarilhos cegos
Existem comas na minha alma
Para esses dias eu deixo plantado
O bulbo de uma flor solitária
Na esperança que ela venha renascer
E todos meus "eus" possam se aquecer
Nas cinco pétalas de sua luz graciosa
Longe dos ruídos do mundo de fora
Na minha própria praia do momento
Após a ressurreição ao lado de Siló