VAZIOS DA ALMA
Busco preencher meus espaços vazios
Distraindo o tempo com meu silêncio.
E quando me dou conta
Vejo a tristeza estampada em minha retina.
As palavras não expressam o meu sentir.
Ficam melancólicas, retidas na minha garganta
Como a desejar trazer nuanças de mau agouro
Em lacunas de profunda solidão.
Sinto ventos contrários devorando sombras.
Tudo emudece. Não há poesia...
As venturas dos instantes se ofuscam.
O coração clama pelo perfume do leito
Nas noites escuras de páginas tempestuosas
E obscurecem, também, as arestas da minha alma.