VAZIOS DA ALMA

Busco preencher meus espaços vazios

Distraindo o tempo com meu silêncio.

E quando me dou conta

Vejo a tristeza estampada em minha retina.

As palavras não expressam o meu sentir.

Ficam melancólicas, retidas na minha garganta

Como a desejar trazer nuanças de mau agouro

Em lacunas de profunda solidão.

Sinto ventos contrários devorando sombras.

Tudo emudece. Não há poesia...

As venturas dos instantes se ofuscam.

O coração clama pelo perfume do leito

Nas noites escuras de páginas tempestuosas

E obscurecem, também, as arestas da minha alma.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 05/12/2021
Código do texto: T7400393
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