FENECEM OS VERSOS

Mato a poesia e de seu corpo faço mortalha
Retalho o verso à navalha, de cada corte
Eu faço meu suporte a sustentar toda insensatez
Proveniente da morbidez estática de todos
Adeus à inspiração que vive a povoar meu imo
Cadaverize-se ante à hipocrisia...Sorria
Carpideiras hão de chorar pelo leite derramado
Lágrimas de crocodilo que salgarão a bala
De canhão apontado para a alma da poetisa
Não pensem que esta morte é fugaz
Tem tempo certo, definido nas leis de Moisés
Como resistir ao apelo da morte que te sorri
Alma e realidade caminham juntas, mas peleiam
Sobrando apenas o velho dito: _Rest in peace!