Grito

Contido,

Arredio,

Por vezes, sonoro

Outrora sombrio.

Meu grito,

Meu peito rasgando...

Silêncio fúnebre.

Pálpebras pesam...

Certas lamúrias

Fazem de meu silêncio

Um grito doído.

Hora sou humano

Hora sou resquício

Um vento qualquer...

Deixo-me levar

Pela brisa que me toma

Certa redoma,

Me desperta os sentidos

Tão logo, me faz descolar

Alma e corpo.

Eu preciso cantar!

Sussurro à minh'alma...

Que o medo

Não sufoque o meu canto.

Que o grito

Não se torne meu pranto

Desabafo, que compõe meu canto...

Eu, despida ao poetisar!

Brenda Botelho
Enviado por Brenda Botelho em 20/04/2021
Reeditado em 03/05/2021
Código do texto: T7236790
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