O Sol
O sol que já acorda pasmo
O azul do céu se perde e fica pálido
E até mesmo
O vento ficou gélido
Um silêncio ensurdecedor
Preenche meus pulmões de assombro
E seca cada cor
De cada membro
Não sou mais fantasia
Tão pouco poesia
Me desencantou de sonhar
Tudo que eu queria era voar
Pela minha imaginação; velejar;
Pelo que me expresso
De repente, tudo desaba?
Não, não é desse presente
Que me sinto descontente
Nada por acaso se acaba
É uma avalanche de pensamentos espessos
Socados dentro de uma ampulheta
Para que então, possa completa
A predestinação do fim
De muitas luas que passaram assim
Sem ser notadas
Ninguém nota
Te condena sem desvendar
O que faz a gente desistir
De amar
De amar estar vivo