A PROCURA

Falaram-me que eu deveria esperar pelas flores;

Mas, eu resolvi voar entre as montanhas rochosas;

Tentando de todas as maneiraste te encontrar;

Na terra árida de chão de veludo marrom.

Às árvores, eram bastante para abanarem-me;

Como se eu fosse um legue fechado em segredos;

Onde o escárnio do véu rasgado nas brumas;

Pudesse então preencher o âmago dos ventos.

Eu não consegui te encontrar nas montanhas;

Coberta pela floresta negra que cerraram-me;

Com as gotas de orvalho molhado pela lua nua.

Agora, vagueio pelo silêncio do mar tardio;

Solitário a procurar a ausência afogada;

Num desamor que liberta-me em metáforas;

A triste solidão de ter perdido você de vista;

Pelo compasso do passo que deu-se em voo.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 10/01/2021
Reeditado em 10/01/2021
Código do texto: T7156699
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