A PROCURA
Falaram-me que eu deveria esperar pelas flores;
Mas, eu resolvi voar entre as montanhas rochosas;
Tentando de todas as maneiraste te encontrar;
Na terra árida de chão de veludo marrom.
Às árvores, eram bastante para abanarem-me;
Como se eu fosse um legue fechado em segredos;
Onde o escárnio do véu rasgado nas brumas;
Pudesse então preencher o âmago dos ventos.
Eu não consegui te encontrar nas montanhas;
Coberta pela floresta negra que cerraram-me;
Com as gotas de orvalho molhado pela lua nua.
Agora, vagueio pelo silêncio do mar tardio;
Solitário a procurar a ausência afogada;
Num desamor que liberta-me em metáforas;
A triste solidão de ter perdido você de vista;
Pelo compasso do passo que deu-se em voo.