NOTURNO III
Escuras nuvens
Voltam a se formar
A noite dilui o horizonte
Circunstanciando meus versos
Com palavras cinzentas.
Pensava, não mais,
Ser assombrado pelo
Medo de amar
E confessá-lo.
Manhãs já não trazem mensagens...
Com a alma sombreada
Dou boa noite a escuridão
Pecado preparado em minha boca
Para te dizer adeus
Inútil desperdício...
Não quero adeus
Quero voar de norte a sul
Buscando serenidade.
Convida-me a viver
Começo a sentir frio.
Águas oleosas em temporal
Lágrimas de poeta
Esperando triste
O amor voltar
Para de novo viver.
Tácito