O coração sabe...
A poetisa não quer mais
Seu dialeto de fragrâncias
Há um ímpeto
Arrepiando a sua pele,
Uma luz sobre a consciência.
Suas omoplatas se distendem,
Os punhos tomam consistência mineral.
Seu céu de lustres tem agora
Os caibros visíveis sob a telha vã.
A poetisa caiu, perpendicular
No poço da descrença
Para buscar a chave
No solo das tristezas.
A poetisa não quer mais
Os esplendores que cegam
Pelo excesso de luz.
Há parasitas envolvendo suas flores.
O vento sopra pelas frestas
Uma flauta doce de réquiem.
Vá pela vida a vagar
Sacia-te dos néctares,
Dos pássaros, animais,
E do homem sedento...
E então vá!
Tácito