EVOCAÇÃO
Vem, ó noite,
companheira amiga,
acalentar minha tristeza...
Vem trazer indiferente
os carinhos que ficaram
na segunda infância...
Quero deitar-me em teu seio,
repousar minha cabeça
no teu colo invisível...
Eu bem sei que no teu ventre
dorme o fruto do amanhã,
velha fábrica de sonhos.
Vem!...
Há muito te espero
para a viajem do regresso,
ou uma simples esperança
de novamente renascer.
Tácito