RASTEJOS NA CAVERNA

RASTEJOS NA CAVERNA

Andei por cegos caminhos,
Em rastejos de asco e dor,
Diante da noite e espinhos,
Do meu sofrido estertor.

E o Céu azul marinho,
Não vi sobre as flores,
Se na caverna e sozinho,
O breu é sem louvores.

Pois no escuro da caverna,
E na espreita de um morcego,
As flores murcham na enverga,
Sem a lua em aconchego.

Então, busco uma saída,
Daquele túnel errante,
Buscando ainda a vida,
Sob a lua dos amantes.

E chego perante os portais,
De volta ao Sol e a alegria,
Lembrando que há muito mais,
Estrelas e astros como guia.

🌝🌌🌚