O MUNDO DOENTE DE ÓDIO

O MUNDO DOENTE DE ÓDIO

Eu sei que o ódio,
Sem nem ter Babel,
Vem desde os primórdios,
Com Caim e Abel.

Para buscar conhecer,
Uso até uma parábola,
Mas como vou entender,
Sem Doutor e uma fábula.

Não tenho mais saúde,
Pois o ódio não deixa,
Se o mundo é doente,
Que nos pede uma queixa.

Ninguém tem mais ouvidos,
Se mataram até gueixa,
E no seu último suspiro,
Lhe arrancaram a madeixa.

Quando o ódio é assunto,
Separando um país,
Nada pode estar junto,
Em noite sem meretriz.
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Poeta Braga Costa ©2020
Jequié, BA, Brasil.