MINHA SOLIDÃO SE FEZ DESNUDA
MINHA SOLIDÃO SE FEZ DESNUDA
Minha solidão já foi barata,
Quando andava pelos campos,
Mas hoje ecoa sobre os tampos,
Dos atabaques sem câmera.
Era frugal o meu sofrer,
Mas os meus sonhos já se foram,
De tão medonhos que assustaram,
Por torturar o meu viver.
Na solidão que agora é cara,
De tanta escara que marcou,
Ou foi a sarna que arranhou,
A pele fina de um emblema.
Quando meu abraço já não envolve,
Pois foram os braços que laceraram,
Dos que pensei que me amavam,
Que tinham armas como um revólver.
E minha solidão se fez desnuda,
Pois não guardei meu coração,
Que me ninou na escuridão,
Quando minha fala ainda era muda.
De um tempo de tantos abraços,
Que o seio da família tinha,
Num bom regalo à criancinha,
Eu curtia os laços que eram ajuda.
Mas solidão não tem abraço,
Nem colo e sim um vil castigo,
Pois sem amor não há regaço,
Só dor depois de um fustigo.
Publicada no Facebook em 25/12/2019
MINHA SOLIDÃO SE FEZ DESNUDA
Minha solidão já foi barata,
Quando andava pelos campos,
Mas hoje ecoa sobre os tampos,
Dos atabaques sem câmera.
Era frugal o meu sofrer,
Mas os meus sonhos já se foram,
De tão medonhos que assustaram,
Por torturar o meu viver.
Na solidão que agora é cara,
De tanta escara que marcou,
Ou foi a sarna que arranhou,
A pele fina de um emblema.
Quando meu abraço já não envolve,
Pois foram os braços que laceraram,
Dos que pensei que me amavam,
Que tinham armas como um revólver.
E minha solidão se fez desnuda,
Pois não guardei meu coração,
Que me ninou na escuridão,
Quando minha fala ainda era muda.
De um tempo de tantos abraços,
Que o seio da família tinha,
Num bom regalo à criancinha,
Eu curtia os laços que eram ajuda.
Mas solidão não tem abraço,
Nem colo e sim um vil castigo,
Pois sem amor não há regaço,
Só dor depois de um fustigo.
Publicada no Facebook em 25/12/2019