MENINO DE RUA
Menino maltratado, jogado na rua,
Chorando a triste sina sua
O duro castigo que a vida lhe deu.
Pai e mãe, não conheceu,
Família, tampouco, sabia,
E nos abrigos onde vivia
O amor que precisava
Ninguém nunca lhe deu!
E, assim, amargando o triste destino,
Chorando mais do que sorrindo,
Via a vida passar sem esperança
De ter alguém que lhe amasse,
Que lhe desse carinho e se importasse,
O que poderia ser daquela criança.
Noites e dias de amargura e revolta,
Fazia desejar que tudo à sua volta
Se explodisse num caos total.
Porque a vida do pobre,
Sem ter alguém que lhe acode,
Nunca terá um bom final!
Mas aquele menino de rua
Já da vida tão descrente
Queria apenas um pouco de paz
para sua mente,
Para amenizar suas agruras.
Entrou numa igreja singela
E ali, dentro daquela capela,
Chorou, porque não sabia rezar.
E do alto, o Pai Onipotente,
Vendo o choro daquele inocente,
Veio dele se apiedar.
No outro dia, na hora da missa,
No banco, estava deitado,
Aquele menino de rua.
Não demonstrava sofrimento,
Tinha um semblante sereno,
No rosto demonstrava alegria.
Parecia até que sorria,
Aquele corpinho inanimado.
E do Alto, O Criador,
Estava fazendo Louvor,
Porque o menino estava ao Seu Lado!
De Salvador/BA para São Paulo
Voo LA 3745 da Latam
09/03/2020 13:51h