Não dá pra fingir

Não dá pra fingir

Que sempre está bem,

Tem horas que queria fugir

De tudo que rouba a vibe que me deixa zen.

Queria não ser inseguro,

No meu coração lá no fundo

O escuro

Ganha vida

E interrompe a minha poesia.

Meu violão arrebentei a corda sol,

Não me ilumina mais,

O céu se fez pó ,

E agora em fragmentos

O vento carrega.

Se eu pudesse voar

Eu nunca mais desceria,

A imensidão cruzar ,

Por aí

Sem exitar.

Bem assim

Não fica,

A realidade trinca

Toda fantasia

Que a gente imagina.

Não me prendi

No solo que é duro

Com a vida,

Meus pés tirei

E surpreendi,

Ao alcançar o topo do mundo

Onde minha liberdade estava escondida.

A gravidade

Dos alternativos caminhos

Da sociedade

Me traz a realidade,

Não quero pensar

No que deve ser verdade.

Criar eu vou

Uma poesia com o céu desmanchando,

Trazer de volta o sonho que se afogou ,

De viver um amor recíproco

Que não é equívoco .

Algo sem fim

Algo assim

Com sabor de infinito

Ricardo Palermo
Enviado por Ricardo Palermo em 09/03/2020
Código do texto: T6884376
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.