Clamor do desalento
Quanta Teimosia! Ó quão tamanha perversão!
Quão farta ignorância que me traz à perdição!
Ó quão fértil a escassez em que se encontra o meu ser!
Que virtudes ou riquezas pode então em mim haver?
Onde fostes ó discipina? Porquê foges de mim?
Onde estás tu, ó prudência? não me deixes aqui só!
Sabedoria! Ó! Por Deus! Aceite meu perdão!
Me encontro destroçado em Angustiante assolação.
Pai Santo, querido e amado! Criador dos céus e da Terra!
Soberano sobre as nações! Magestade sempiterna!
Tenha misericórdia de tão vil pecador!
Ao qual não possui nada, além de grande e terrível dor.
Que chora e lamenta pelo seu deplorável estado!
Geme e se flagela no enfadante padecer!
Padecer carente, conciente do enfado.
De conviver com o mal e dele estar impregnado.
Na errante vida pecadora que padeço em viver.