AMAZÔNIA
Eu vejo a tarde chegar com o sol escurecendo;
Nuvens tornando-se larvas de fogo em céu;
Na tempestade em fúria pelo rasgar do véu;
E o mar afligindo-se na agonia tênue;
Lamúrias! Falácias! Solidão! Explosão!
Os peixes sendo fisgado pela tempestade...
A terra movendo-se na areia movediça;
Árvores caindo no chão bruto do Brasil;
Destroçando espelhos de vidro na selva;
Do concreto armado, descalços, no fogo...
Cheiro de queimado, poeira, pueril descaço;
E lagos a banhar os homens em berços...
Pelos rios de sangue em abandono;
Das margens Plácidas, tristeza!
No esquecido tupi-guarani, terras do sem fim...