Kamikase em flor
Eu...
Guerreira do horizonte amargo,
um ser desenganado que enfrenta a vida
entre trejeitos vagos e deleites vãos,
que iluminam a escuridão da morte...
Perfume inodoro de vívida tristeza,
raiz que sucumbe na aridez do Sol
para se aninhar nas Terras do Sem Fim,
entre orgasmos de luz entorpecente...
Beleza feia das noites sem luar,
cintilar lúbrico da estrela cadente
e a feroz anemia do beijo insensato,
que se desfaz no batom mentiroso...
Botão sem flor em pélagos profundos,
disritmia primeira da visão cega
e o soluço das lembranças cruentas,
que torturam o lusco-fusco do anoitecer...
Um coração de mármore flexível,
seio que alimenta a brisa entorpecida
e o fogo intermitente do pesadelo loquaz,
que ensurdece as brumas da manhã...
.................................................................
Eu...
Em qual espinho, o sonho?
Em qual neblina, o sorriso?
Em qual olhar, a esperança?
Em qual coração, a saudade?
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2019 – 6h25
raiz que sucumbe na aridez do Sol
para se aninhar nas Terras do Sem Fim,
entre orgasmos de luz entorpecente...
Beleza feia das noites sem luar,
cintilar lúbrico da estrela cadente
e a feroz anemia do beijo insensato,
que se desfaz no batom mentiroso...
Botão sem flor em pélagos profundos,
disritmia primeira da visão cega
e o soluço das lembranças cruentas,
que torturam o lusco-fusco do anoitecer...
Um coração de mármore flexível,
seio que alimenta a brisa entorpecida
e o fogo intermitente do pesadelo loquaz,
que ensurdece as brumas da manhã...
.................................................................
Eu...
Em qual espinho, o sonho?
Em qual neblina, o sorriso?
Em qual olhar, a esperança?
Em qual coração, a saudade?
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2019 – 6h25