FOLHAS MORTAS
Olho para os teus olhos de folhas;
Vejo-o tênue e lancinante;
Buscando em mim uma miragem;
Um quatro em branco e preto;
Pintado no vácuo...
Onde ao te banhares de folhas;
Para depois em pincéis o vento te levar;
Sem destino corrente para o mar;
Sinto-te na minh'alma;
Tua despedida vagante e lenta;
E no meu seio o surgimento da dor;
Por esqueceres de mim;
Ao desapareceres nas águas;
Do límpido oceano;
Deixando cá no chão;
Como folhas mortas;
Cobrindo-me de céu;
Quando as folhas que ficaram caem...
Elas caem do tronco do Ipê;
Sem respostas em sono o adormecer.