A catedral de Alceu não tem mais Valença

Caiu, o som da alegria!

E os acordes tristes do ré menor

numa frequência, cada vez maior,

Do lá emburrado não são nem sacristia,

Desta catedral de um canto só!

Mesmo assim duelam

Para ver quem usurpa o direito,

De apossar-se de mim,

Dando pressa à missa do meu fim!

Aí de mim, Copacabana,

Por esconder de alguém

A amada que ele tanto ama!

vida gélida, de uma cálida chama.

Tentar parar o tempo

Enquanto a alma está parada?!

E o relógio segue,

Seguindo a casa, sempre mais bagunçada!

Inda que o segundo não tivesse paradeiro,

E o segundo somente num sino sussurrando,

Toda a eternidade deitaria pelo cano

Pois nessa catedral não ressoa um "te amo"

Lirianna
Enviado por Lirianna em 03/05/2019
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