Epifania
Tempestades de lágrimas,
Vem com o vento;
Um sorriso, fingido na face,
Para esconder tanto sofrimento.
Martírios e, afins,
Tomam conta de mim...
O coração, apertado,
Só falta explodir.
Enxugo da face,
A saudade, que dói.
Em um trago amargo,
Transformo lembranças,
Em cinzas...
Sentimento, em cicatriz...
Respiro a fumaça,
Encho o peito,
Em um copo
De cachaça,
Afogo as mágoas...
Cambaleio pelas ruas,
Tropeço em mim mesmo,
Um tanto confusa,
Te confundo, com as fazes da lua...
Me sobra, o amargo.
Do amargo,
Sem provar do mel,
De trago em trago,
Vejo até a fumaça
Se dissipar, no ar...
As estrelas entre nuvens,
Se escondem.
Eu fico cá,
Sem horizonte.
Não sei, se meu pé
Anda sobre brumas,
Ou, se a rua virou o céu.