MEU LAMENTO

Não há como sorrir se a tristeza suplanta
o grito de desespero de um pobre coração!
Nem o verso, que, porventura, acalanta...
tampouco, o carpido de alguém na solidão!

Meu ideal se desfez sem qualquer noção...
Amor, felicidade, nada mais me encanta!
E a quem minh'alma hoje sofre de paixão
é a mesma, que outrora, a julgara santa!

Meu lamento, tinge de lágrima o poema
que me vem d'alma e que, fala de amor
a quem, indiferente, pouco se importa!

Então, porque sorrir se foge-me o tema?
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Na vida, soçobrado na minha própria dor,
sou barco avariado que não mais aporta!

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Solano Brum
Enviado por Solano Brum em 29/03/2017
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