Era uma vez, vejam vocês, um passarinho feio
Que não sabia o que era, nem de onde veio
Então vivia, vivia a sonhar em ser o que não era
Voando, voando com as asas, asas da quimera.
[...]
Aí então Deus chegou e disse: Pegue as mágoas
Pegue as mágoas e apague-as, tenha o orgulho das águias
Deus disse ainda: é tudo azul, e o passarinho feio
Virou o cavalo voador, esse tal de Pégaso
(MORAES MOREIRA)
Inexistência
Nas noites de inexistência,
Imaginei ser uma fada,
Fadada aos encantos,
Desprovida de amores...
Ser solitário, fulgurante,
Que escorre através das eras,
Sem sonhos, nem ilusões,
Em suas asas de quimera.