Viver é viola. Violarão morrer.

A violeta violada

na primavera

no jardim de flores

tão vermelhas

como o sangue de suas veias...

No jardim da sacada

esperavam por ela

fingindo amores.

Cenas tão velhas,

aranhas a perder-se em teias...

A viola tocada;

A violeta colhida;

O sangue estancado.

Em doce folhada

a orvalhar sua vida.

O amor enluarado,

onde foi-se infância,

nem violas à cordas...

Só há pescoço atado

no laço em flagrância,

com sonho não te acordas...