Terça-feira, 1/11/2016
Desabafo, só de pele e osso - Poema
Antonio Feitosa dos Santos
Lá vem a menina de pernas finas,
Braços compridos, desengonçada,
Cabelos desgrenhados ao vento,
Estomago vazio, preso as costas,
Magrela, malvada menina seca,
Por que te deixastes ficar assim?
O sol escaldante, o solo desértico,
Caminhas o caminho sem volta,
O mandacaru já não contém água,
Foges de ti, oh! Deusa do agreste,
Formosura da terra tão infértil,
Que de feiura menina, te veste.
Te enfeita, enquanto te desnuda,
Do aconchego, do amor e carinho,
Do estomago colado, olhar vazio,
Tu és a vergonha desses que tem,
Porém a injusta mão se encolhe,
A desabitada consciência humana.
Mãe África, onde está o teu colo?
Cá o teu filho também não cuida,
Meninos, meninas, filhos da terra,
Europa, Ásia, américas e Oceania,
Qual futuro, se o presente é triste?
Olhai esses seres de pele e osso.
Terá futuro a terra sem crianças?
Sobrará terra aos que sobrarem?
Não vou chorar o sorriso perdido,
Nem olhar seus trôpegos passos,
Se quisermos há um horizonte,
Faça-se do egoísmo o desmonte.
Postado por Antonio Feitosa dos Santos
Em 1/11/2016 à 00h14
Mais Blog Feitosa dos Santos - Prosas & Poemas
(clique aqui) "Tão somente Maria - poema" - 1/11/2016 "Desabafo, só de pele e osso - Poema" - ... "Consciência e fanatismo religiosos " - ... "Canção das flores - poema" - 17/10/2016 "Mestre! Comemorar o que e com quem?" - ... "Política desilusão da juventude brasileira&q... "Insegurança, medo e retrocesso político"... "Numa noite, em um sonho - Poema" - 1/10... "Quando o real copia a ficção" - 17/9/20... "Lúdico crepuscular - Poema" - 3/9/2016 (mais ainda)
Desabafo, só de pele e osso - Poema
Antonio Feitosa dos Santos
Lá vem a menina de pernas finas,
Braços compridos, desengonçada,
Cabelos desgrenhados ao vento,
Estomago vazio, preso as costas,
Magrela, malvada menina seca,
Por que te deixastes ficar assim?
O sol escaldante, o solo desértico,
Caminhas o caminho sem volta,
O mandacaru já não contém água,
Foges de ti, oh! Deusa do agreste,
Formosura da terra tão infértil,
Que de feiura menina, te veste.
Te enfeita, enquanto te desnuda,
Do aconchego, do amor e carinho,
Do estomago colado, olhar vazio,
Tu és a vergonha desses que tem,
Porém a injusta mão se encolhe,
A desabitada consciência humana.
Mãe África, onde está o teu colo?
Cá o teu filho também não cuida,
Meninos, meninas, filhos da terra,
Europa, Ásia, américas e Oceania,
Qual futuro, se o presente é triste?
Olhai esses seres de pele e osso.
Terá futuro a terra sem crianças?
Sobrará terra aos que sobrarem?
Não vou chorar o sorriso perdido,
Nem olhar seus trôpegos passos,
Se quisermos há um horizonte,
Faça-se do egoísmo o desmonte.
Postado por Antonio Feitosa dos Santos
Em 1/11/2016 à 00h14
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