Chorando com o papel
Lágrimas desenhadas
Grito rabiscado
Sentimentos contados
Num pedaço de papel
Minha alma eu jogo
Paciência, eu rogo
Ouça o meu gemido
Contornado no pedaço de papel
Não há quem veja
Sequer quem leia
Nos olhos marejados
O poema cravejado
Quem me entende bem
E que vai além, é o papel
Chora minhas dores
Leva embora meus temores
O que seria de mim sem o papel?
São ombros amigos
E eu choro de mansinho
Nos ombros do papel