Despedida
“O vento augusto que bramiu, levou a folha que caiu e, agora, solta ao vento, é um grito de lamento, excelso amor que a dor partiu, sonho-esplendor que se esvaiu... e a bela fantasia que, intensa, irradia, fez-se um tolo portento, deixado ao esquecimento.
Lágrimas que caem... momentos que se esvaem... como uma folha perdida, que, outrora, tinha vida; anexa a primazia que resplandecia o dia e, hoje - inerte e morta, ao sonho não mais se importa; deixou a hipocrisia sufocar o amor que havia em um tosco coração;... vivendo de nostalgia numa madrugada fria e repleta de ilusão.
Lágrimas que caem e, pálidas, retraem a esperança que luzia na bonança cálida de uma paixão; e hoje, apenas lembrança de um tempo sem solidão.
Dizer que ama, é poético...
Provar que ama, é heróico!
Amar por palavra é ter paz que divaga, é ter luz que se apaga, é ter sonho que acaba.
Amar com a vida é resgatar a esperança perdida, é reencontrar a confiança esquecida, é extravasar a alegria contida.
Nosso elo foi rompido, nosso sonho esquecido, nosso tempo foi perdido. Algum tempo... O bastante para matar, bruscamente, o sonho de uma vida.
Agora, desejo apenas que a vida seja serena e, assim, a faça feliz. Pois, viver a liberdade é sua felicidade e tudo o que sempre quis...
Frustração não comedida,
Num tempo de despedida.”
Paulo Sérgio Pereira