Confins do meu nada

Minha tristeza ultrapassa

os limites da minha imaginação.

Já não tenho o quê buscar,

pois não terei o que achar.

Fico simplesmente neutralizada,

totalmente paralisada

dentro da minha solidão.

Oh...Deus até quando?

Por quê minha vida tem que ser

assim? Tão vazia...

Tão injusta comigo.

Será que não percebe meu Senhor,

minha cruz torna-se a cada dia

bem maior e pesada.

Mas nada muda,apenas as

lágrimas que me naufragam.

Luto incessantemente para não

cair em uma depressão.

Mas é difícil,não tenho um motivo

sequer para sorrir.

Nunca, nunca fui amada.

Ás vezes que quase acreditei

nessa possibilidade.

Percebi que apenas era

mais um engano meu.

Por quê meu Deus?

Será que não tenho nenhuma

qualidade em mim?

Será que não tenho esse direito?

Olho ao redor,tudo é vazio.

Sombras tomam conta.

Restos de lembranças me embargam.

Peito sufoca,lágrimas fluem.

Versos se derramam sobre o papel

e se mesclam as cristalinas gotículas

que começam a verter dos meus olhos.

Sabe Deus qual o sentido

da minha existência.

Para quê? Para quem?

Tudo se emudece...

respostas não surgem

e os versos adormecem.

Giovânia Correia
Enviado por Giovânia Correia em 04/04/2015
Reeditado em 04/04/2015
Código do texto: T5194204
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