Amor vitrificado
Ah vontade maldita
De querer teu corpo
Vontade indômita e funesta
De querer só a ti pertencer
Maldita vontade
Movida talvez pelo orgulho
Talvez pela avidez
Que me provocastes
Da primeira vez
Única vez
Que senti os teus lábios
Sobre os meus
Vontade ferrenha de reter
Conter-te em risos e amores
Amor não proclamado
Amor vitrificado
Vontade cruel que fere a alma
Molha os olhos
Humilha os sentidos
Ah vontade inefável