O vento
Um vento forte rompe a tarde
As folhas do coqueiro se agitam
Vento gélido emaranha meus cabelos
A chuva que se propaga outra vez
Não quero fechar as janelas
Que os pingos molhem meu rosto
Que lavem a minha alma
Que as dores sumam com o vento
O vento sopra com força
As folhas quase ao chão
Sopre minha insegurança
Leve meus medos vãos
A tarde cinza e vazia
Tão frágil se faz a flor
O vento lhe traz o medo
Tirá-la da inércia do chão
Flor não é borboleta
Não se da bem com os ares
Flor tem medo de vento
Insegura segura-se às suas raízes
Se acalme o vento se aplaca
Que leve só o que te ataca
As lagrimas molham o vidro
A chuva molha meu rosto
A flor voou sem sentido