Despedida
E quando não se pode mais represar
Deixa-se inundar de pranto
Banhar-se em águas mornas salgadas
Da dor até então calada
Teima em se derramar
Dos sonhos doces, brejeiros
Da inocência conspurcada
Do futuro que não é mais
A dor destroça e balança
Solavancos em soluços
A dor tão sua conhecida
Que há muito então esquecida
Volta a se deparar
Com a realidade mundana
De querer, um só não se faz
O amor que alimenta os casais
Dor que apunhala a quimera
De algo que muito quisera
E não se teve jamais
Sonho da imaginação de poeta
Que no escrito põe força
De tão afável apreço
Que a brisa leve
Levou